terça-feira, 15 de novembro de 2011

Se a informação pode ser irritante?

Sim, pode e, em alguns casos, chega mesmo a ser insuportável. A comissão que o governo incumbiu de avaliar o serviço público de comunicação concluiu, entre outras coisas, que o tempo de informação nos canais do Estado deve ser drasticamente reduzido e eu não podia estar mais de acordo! Tenho a forte convicção de que o telejornal deveria ter no máximo a duração de 15 minutos. Porque assim os profissionais de informação seriam obrigados a fazer uma escolha selectiva da informação a divulgar. Evitava-se que o telejornal fosse a primeira telenovela da noite ou do início da tarde. Ainda hoje pude observar as lágrimas e a dor dos trabalhadores da fábrica da Sicasal perante as chamas que a consumiam. Eu percebo que as pessoas fiquem transtornadas perante a possibilidade de perderem os seus postos de trabalho, o que eu não percebo é a razão pela qual eu tenho de testemunhar isso durante cerca de três minutos. Sinceramente, não tenho pachorra para isso! Nem para isso nem para aqueles programas que decidiram colocar no ar logo a seguir ao telejornal, quer dizer, na prática, é uma hora e meia, quando não é mais, de informação e de historietas que, na maioria das vezes, não interessam nem ao cão do meu vizinho. Acho que a RTP é um sorvedouro de dinheiro e não tenho problema nenhum em assumi-lo. Que os canais privados exibam este tipo de programas não me choca, mas não posso admitir que se esbanje assim o dinheiro público.  

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